Dossier

water and landscape
AGUA y TERRITORIO

Geossistemas regionais da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda, Mato Grosso do Sul, Brasil

Regional geosystems of the Miranda Planning and Management Unit (UPG), Mato Grosso do Sul, Brazil

Lidiane Perbelin Rodrigues
Universidade Federal da Grande Dourados
Dourados-MS, Brasil
lidiane_perbelin@hotmail.com

ORCID: 0000-0002-6799-456X

Charlei Aparecido da Silva

Universidade Federal da Grande Dourados
Dourados-MS, Brasil
charleisilva@ufgd.edu.br

ORCID: 0000-0002-5598-7848

Informação sobre o item

Recibido: 22/06/2022
Revisado: 21/05/2023
Aceptado: 27/07/2023

ISSN 2340-8472

ISSNe 2340-7743

DOI 10.17561/at.23.7239

CC-BY

© Universidad de Jaén (España).
Seminario Permanente Agua, Territorio y Medio Ambiente (CSIC)

RESUMO
Este trabalho apresenta e analisa as dinâmicas da paisagem da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda, no Estado de Mato Grosso do Sul (MS), Brasil. A metodologia empregada embasou-se nos conceitos de áreas naturais, geossistemas e paisagem. A definição dos geossistemas foi obtida a partir do cruzamento de dados temáticos que caracterizam elementos Zonais e Azonais das camadas da paisagem, caracterizando uma abordagem bisserial. Em sua aplicação, utilizou-se dados relativos à compartimentação megageomorfológica e climatobotânica. Foi empregada “Linguagem Espacial para Geoprocessamento Algébrico” (LEGAL), disponível no SPRING 5.3, realizando-se o cruzamento matricial entre as variáveis, a partir do qual obteve-se a delimitação de 27 Geossistemas Regionais. Os resultados demonstraram o grande contraste paisagístico existente na UPG Miranda, que em virtude de suas características físico-geográficas, apresentam diferentes capacidades de suporte para as atividades antrópicas, condição esta que deve ser considerada durante o planejamento territorial da UPG Miranda.

PALAVRAS-CHAVE: Cartografia de Paisagens, Planejamento Territorial, Geoprocessamento.

ABSTRACT
This study aims to present and analyze the dynamics of the landscape of Miranda Planning and Management Unit (UPG), in the State of Mato Grosso do Sul (MS), Brazil. The methodology employed was based on the concepts of natural areas, geosystems and landscape. The definition of geosystems was obtained from the crossing of thematic data that characterize Zonal and Azonal elements of the landscape layers, characterizing a bisectoral perspective. In its application, it was used data relative to the megageomorphological and climatobotanical compartmentalization. It was used "Spatial Language for Algebraic Geoprocessing" (LEGAL) available in SPRING 5.3. It was realized is matricial crossing between the variables, from which was obtained the delimitation of 27 Regional Geosystems. The results demonstrated the great landscape contrast in the Miranda UPG, which, due to their physical and geographical characteristics, present different support capacities for anthropic activities, a condition that should be considered during the Miranda UPG territorial planning.

KEYWORDS: Landscape Cartography, Territorial Planning, Geoprocessing.

Geosistemas regionales de la Unidad de Planificación y Gestión (UPG) Miranda, Mato Grosso do Sul, Brasil

RESUMEN
El trabajo tiene como objetivo presentar y analizar la dinámica del paisaje de la Unidad de Planificación y Gestión de Miranda (UPG), en el Estado de Mato Grosso do Sul (MS), Brasil. La metodología utilizada se basó en la aplicación de los conceptos de áreas naturales, geosistemas y paisaje. La delimitación de los geosistemas se realizó a partir del cruzamiento de información temática que caracteriza los componentes zonales y azonales del paisaje, con un enfoque biseriado. Para esto se utilizó la información relacionada con el megarelieve y las características botánico-climáticas del área. Se trabajó con el “Lenguaje Espacial para Geoprocesamiento Algebraico” (LEGAL) disponible en SPRING 5.3, realizándose el cruzamiento matricial entre las variables, a partir de lo cual se delimitaron 27 Geosistemas Regionales. Los resultados muestran los grandes contrastes paisajísticos que existen en la UPG Miranda, relacionados a la diversidad de sus características físico-geográficas, lo que condiciona diferentes capacidades de soporte para las actividades humanas, y que debe ser considerado durante la planificación territorial de la UPG Miranda.

PALABRAS CLAVE: Cartografía del Paisaje, Planificación Territorial, Geoprocesamiento.

Les géosystémes regionaux de l´Unité de Planification et de Gestion (UPG) de Miranda, Mato Grosso do Sul, Brésil

RÉSUMÉ
Cet article a pour objectif présenter et analyser la dynamique du paysage de l'Unité de Planification et de Gestion (UPG) de Miranda, dans l'État de Mato Grosso do Sul (MS), Brésil. La méthodologie utilisée est basée sur les concepts d'espaces naturels, de géosystèmes et de paysage. La définition des géosystèmes a été obtenue à partir du croisement des données thématiques caractérisant les éléments zonaux et azonaux des couches du paysage, caractérisant une approche bisériale. Pour son application, des données relatives à la subdivision mégagéomorphologique et climatobotanique ont été utilisées. « Spatial Language for Algebraic Geoprocessing » (LEGAL) disponible au niveau du SPRING 5.3. Un croisement de la matriz a été réalisé entre les variables, à partir duquel la délimitation de 27 Géosystèmes Régionaux a été obtenue. Les résultats ont montré le grand contraste du paysage qui existe au niveau de l'UPG Miranda, en raison de ses caractéristiques physiques et géographiques. Raison pour laquelle les diferentes capacités de support doivent être prise en compte en ce qui concerne les activités humaines. Condition qui doit être prise en compte surtout lors de la planification territoriale de l'UPG Miranda.

MOTS CLÉ: Cartographie du Paysage, Aménagement du Territoire, Géotraitement.

Geosistemi regionali dell'Unità di Pianificazione e Gestione (UPG) Miranda, Mato Grosso do Sul, Brasile

SOMMARIO
Questo lavoro si propone di presentare e analizzare le dinamiche paesaggistiche dell'Unità di pianificazione e gestione di Miranda (UPG), nello Stato del Mato Grosso do Sul (MS), Brasile. La metodologia utilizzata si è basata sui concetti di aree naturali, geosistemi e paesaggio. La definizione dei geosistemi è stata ottenuta dall'incrocio di dati tematici che caratterizzano gli elementi zonali e azonali degli strati paesaggistici, caratterizzando un approccio biseriale. Nella sua applicazione sono stati utilizzati dati relativi alla suddivisione megageomorfologica e climatobotanica. È stato utilizzato "Spatial Language for Algebric Geoprocessing" (LEGAL) disponibile in SPRING 5.3. Tra le variabili è stato effettuato un incrocio di matrici, da cui è stata ottenuta la delimitazione di 27 Geosistemi Regionali. I risultati hanno mostrato il grande contrasto paesaggistico che esiste all'UPG Miranda, che per le sue caratteristiche fisico-geografiche ha diverse capacità di supporto alle attività umane, condizione che deve essere considerata durante la pianificazione territoriale di UPG Miranda.

PAROLE CHIAVE: Cartografia del paesaggio, Pianificazione territoriale, Geoelaborazione.

Introdução

A complexidade é inerente a gestão dos recursos hídricos, pois, a ocupação da bacia hidrográfica envolve diversos fatores e atores sociais, cuja interação apresenta conflitos, fragilidades e vulnerabilidades, nesse sentido, há uma necessidade de constante aperfeiçoamento nos sistemas de gestão para atender as demandas dos diferentes grupos envolvidos1.

Tomada enquanto unidade de planejamento, conforme preconizado na legislação brasileira (Política Nacional de Recursos Hídricos, PNRH) a bacia hidrográfica foi incorporada ao arcabouço da política ambiental estadual de Mato Grosso do Sul, por meio do Plano Estadual de Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (PERH-MS)2, utilizadas como base para a delimitação das Unidades de Planejamento e Gerenciamento (UPG), unidades territoriais definidas a partir deste critério físico-geográfico.

A UPG Miranda corresponde a uma dessas unidades, cujo limite é dado a partir da bacia hidrográfica do rio de mesmo nome, o Rio Miranda, afluente da margem esquerda do rio Paraguai (Mapa 1). A Unidade sobrepõe-se, total ou parcialmente, a área territorial de 20 municípios sul-mato-grossenses, são eles: Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Bodoquena, Bonito, Campo Grande, Corguinho, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Jaraguari, Jardim, Maracaju, Miranda, Nioaque, Ponta Porã, Rochedo, São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Terenos3. Desses 20 municípios, apenas 6 deles encontram-se totalmente inseridos na UPG e 14 encontram-se parcialmente inseridos4. A população na UPG Miranda é majoritariamente urbana (90 %), constando com 13 sedes municipais inseridas na UPG, mas há também população rural5 (destaca-se os 41 assentamentos da Reforma Agrária e 9 terras indígenas)6.

Mapa 1 - Localização da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda (MS)

Fonte: Elaborado pelos autores.

A UPG Miranda reúne as dinâmicas naturais da Bacia do Alto Paraguai: do Pantanal, dos relevos cársticos da serra Bodoquena e relevos escalonados do planalto de Maracaju-Campo Grande, com as dinâmicas territoriais ligadas a agropecuária tradicional e a expansão do agronegócio na região centro-oeste de Mato Grosso do Sul.

Nesse sentido, destaca-se a importância do da identificação, representação e análise espacial das unidades de paisagem, como subsídio a gestão do território, destacando a conjuntura da governança da água no Brasil e na América Latina.

Grande parte dos conflitos sobre a água na América latina parte do contexto da disputa política entre as forças do mercado, que atuam pela crescente privatização dos serviços de água e saneamento, buscando maior desregulamentação e atuação estatal na prestação do serviço, enquanto movimentos sociais, buscam maior participação popular, com o reconhecimento do acesso a água e ao saneamento como um Direito Humano, assim observa-se uma grande assimetria entre atores e interesses7.

A gestão é uma atividade técnica, que aplica um conjunto de instrumentos para colocar os planos em prática, oferecendo diferentes opções para a governança, que é um processo político que articula os diferentes interesses dos atores sociais. A complexidade da gestão vem das características intrínsecas ao sistema bacia hidrográfica, que ultrapassa limites políticos municipais, estaduais ou até mesmo nacionais, cujo processo necessita de uma grande quantidade de dados e informações que subsidiam a tomada de decisão8.

Os diferentes atores sociais podem apontar para direcionamentos múltiplos ou até mesmo extremamente conflitante da governança dos recursos hídricos de uma determinada bacia9. Em escala nacional e regional um dos principais desafios para a governança dos recursos hídricos é a questão da expansão e intensificação agrícola, com o avanço das lavouras temporárias seja sobre vegetação nativa ou áreas de pastagens.

Este trabalho insere-se num contexto de ampliação das discussões acerca dos recursos hídricos e gestão territorial em Mato Grosso do Sul, compreendendo sua complexidade, visa contribuir par a análise da paisagem enquanto entidade geoecológica, cultural e dinâmica, empregando métodos e técnicas da cartografia de paisagens analisar as dinâmicas da paisagem da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda, do Estado de Mato Grosso do Sul (MS), Brasil.

Do ponto de vista técnico-metodológico, este trabalho emprega a Cartografia de Paisagens, atividade de caráter físico-geográfico que busca representar os geossistemas, configurando um processo de regionalização, classificação, hierarquização e analise da evolução das paisagens através da síntese dos seus elementos10. Assim, apresenta-se uma caracterização dos Geossistemas Regionais unidades e subunidades definidas pela interação entre condicionantes cósmicas e atmosféricas e processos geomorfológicos. Assim, buscou-se identificar, delimitar e caracterizar geossistemas regionais da UPG Miranda, a fim de subsidiar a análise espacial e o planejamento físico-territorial dessa Unidade, com complexas características socioambientais.

Metodologia

Na elaboração deste trabalho, buscou-se seguir a proposta embasada nos conceitos de Áreas Naturais, Geossistemas e Paisagem, especialmente os trabalhos de Cavalcanti11, Sotchava12 e Isachenko13. A partir desta premissa, optou-se por uma abordagem Bisserial na delimitação dos Geossistemas Regionais, ou seja, foram delimitados a partir do cruzamento de dados temáticos que caracterizam elementos Zonais (dependentes dos fatores cósmicos e atmosféricos) e Azonais (elementos morfoestruturais) das camadas da paisagem.

Inicialmente, foi montado um Banco de Dados Geográficos (BDG) no software de Sistema Informação Geográfica (SIG), Spring/INPE 5.314, no qual foram inseridos os dados secundários disponibilizados por diversas fontes em formatos vetoriais ou matriciais. Os dados vetoriais necessitaram ser convertidos para matriz, e posteriormente ponderados (conversão em grade numérica) para cruzamento e fatiamento em classes temáticas para geração dos mapas.

Empregando-se a ferramenta Linguagem Espacial para Geoprocessamento Algébrico (LEGAL), disponível no SPRING 5.3, realizou-se o cruzamento matricial entre as variáveis Compartimentação Megageomorfológica e Compartimentação Climatobotânica, obtendo-se a delimitação dos Geossistemas Regionais, na escala 1/1.000.000, caracterizando, assim, um Levantamento Exploratório sob uma Classificação Tipológica das Paisagens.

A compartimentação Climatobotânica foi obtida através do refinamento de dados sobre a vegetação original da área de estudo15, que possui escala 1:1.500.000, refinada a partir da interpretação visual da imagem Landsat-5, de 1985, composição colorida R5G4B3 (a data remete a um período com maior cobertura vegetal na área de estudo), para a escala 1/1.000.000, observando-se as quebras de relevo, a rede de drenagem e os padrões de textura e cor da vegetação.

A Megageomorfologia foi obtida a partir dos dados da compartimentação em escala 1:5.000.00016, dessa forma, a topologia foi atualizada a partir da análise de imagem de satélite Landsat-8, de 2021 (data escolhida devido a maior sensibilidade do sensor Landsat-OLI, em relação aos padrões de relevo, em comparação ao sensor Landsat-TM)17, e da classificação do relevo, na escala 1/1.000.00018 (Quadro 1).

Quadro 1. Materiais Cartográficos utilizados na elaboração do trabalho

Tema

Fonte de Dados

Compartimentação Climatobotânica

1. Isoietas de Precipitação na escala 1/250.00019.

2. Classificação Climática para Mato Grosso do Sul20.

3. Vegetação Original, escala 1/1.500.00021.

4. Imagem Landsat-5 de 198522.

Compartimentação Megageomorfologica

1. Compartimentação Geomorfológica (Escala 1/5.000.000)23.

2. Compartimentação Geomorfológica (Escala 1/1.000.000)24.

3. Imagem Landsat-5 de 202125.

Fonte: Elaborado pelos autores.

Ao mapa de Vegetação Original foi sobreposto ao Zoneamento Climático (vetores da Classificação Climática26; e, as Isoietas de precipitação27, a partir dos quais os polígonos da vegetação foram classificados em: Úmida ou Subúmida, e Tropical ou Subtropical, gerando-se a Compartimentação Climatobotânica.

Esta matriz resultante, foi cruzada a Megageomorfologia (com 4 classes: Planícies, Planaltos, Depressões e Patamares Estruturais Dissecados), dando origem ao mapa de Geossistemas Regionais. A figura 1 apresenta de forma esquemática os procedimentos adotados:

Figura 1. Procedimentos Metodológicos para a Delimitação dos Geossistemas Regionais

Fonte: Elaborado pelos autores.

Resultados e discussão

Compartimentação Climatobotânica

Conforme a Classificação Climática para o Estado de Mato grosso do Sul28, a UPG Miranda localiza-se em uma área de transição climática, sob a influência de massas de ar Equatoriais e Tropicais (A), caracterizando-se como um clima Tropical, alternadamente seco e úmido, na porção norte; e Massas Tropicais e Polares (B), caracterizando clima Subtropical Úmido, na porção sul, subdividindo-se ainda em três climas regionais: (A1) Participação Efetiva da Massa Tropical Continental; Massa Equatorial Continental com ação esporádica; (A2) Destacada Atuação da Massa Tropical Atlântica (TA/TC), e; (B2) Atuação Equilibrada das Massas Tropical Atlântica (TA/TC) e Polar Atlântica (PA/PV). Há também as Feições Climáticas Individualizadas nos Climas Regionais, conforme a Morfologia e a Pluviometria

Observa-se que a UPG Miranda apresenta variação de pluviosidade anual entre: menores que 1200mm e maiores que 1.600mm anuais29 e as áreas mais chuvosas correspondem as áreas topograficamente mais elevadas localizadas na porção leste (acima de 300m de altitude da UPG Miranda e são áreas de geomorfologia ligadas a processos de dissecação).

Conforme a classificação da precipitação média anual adotada, a UPG Miranda foi subdividida em dois setores: o primeiro com precipitação média anual inferior a 1.400 mm/ano (região noroeste da UPG, que compreende as áreas de Pantanal no Baixo curso da Bacia do Miranda, e parte do médio curso na porção centro-oeste da Unidade), e o segundo setor com precipitação superior a 1.400mm/ano (faixa no sentido sudoeste-nordeste da UPG Miranda, corresponde ao alto curso da Bacia Hidrográfica do Rio Miranda, especialmente do rio Aquidauana, os Planalto de Maracaju e o Chapadão de São Gabriel do Oeste, incluindo dessa forma, parte importante das nascentes e áreas declivosas da Unidade). A mapa 2, apresenta a espacialização da pluviosidade média anual e da classificação climática para a Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda-MS.

Mapa 2. Variáveis Climáticas da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda (MS)

Fonte: Elaborado pelos autores.

O Estado de Mato Grosso do Sul apresenta três diferentes Biomas: Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Esses três biomas encontram-se representados também na UPG Miranda, em que o Bioma Cerrado possui a maior abrangência, constando em praticamente todo o alto e médio curso da bacia do Miranda, enquanto o Pantanal se restringe ao Baixo Curso, numa região de planície sazonalmente inundável, e o Bioma Mata Atlântica apresenta uma pequena mancha ao sudoeste da UPG e uma outra mancha maior ao noroeste, próximo ao Pantanal30.

Esses Biomas se subdividem em diferentes fitofisionomias: florestais e campestres, deciduais, semidecíduas e savânicas, com presença de encraves e ecótonos, representadas no Mapa 3 e descritas no Quadro 2:

Mapa 3. Vegetação Original da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda (MS)

Fonte: Elaborado pelos autores.

Quadro 2. Caracterização das Fitofisionomias presentes na área de estudo

Fitofisionomias

Caracterização

Savana (Cerrado)

Corresponde a uma vegetação Xeromorfa, de clima estacional, períodos de seca e chuva de 6 meses cada (em média), e também em climas ombrófilos, ou seja, climas quentes e úmidos com invernos frios. Abrange desde fisionomias campestres até florestas, sendo encontradas na área de estudo as formações da Savana Arbórea Aberta, da Savana Arbórea Densa e da Savana Gramíneo-Lenhosa.

Floresta Estacional Decidual

Vegetação caracterizada pela caducifolidade, com estrato dominantemente florestal, em que mais de 50% dos indivíduos perdem suas folhagens no longo período de seca, que ocorre logo após o período chuvoso. Na UPG Miranda, observa-se a presença de sub-grupos desta fitofisionomia, são elas, a Floresta Estacional Decidual Submontana e a Floresta Estacional Decidual Aluvial.

Floresta Estacional Semidecidual

Fitofisionomia condicionada pela dupla estacionalidade climática: Tropical (verão chuvoso seguido de estiagem acentuada) e Subtropical (sem período seco, mas com frio intenso), que provocam a cauducifolidade, em cujo, conjunto florestal perde entre 20 e 50% das folhagens, não apenas o indivíduo. A fitofisionomia presente na UPG Miranda, corresponde a Submontana.

Áreas de Tensão Ecológica

Correspondem as áreas de contato entre diferentes fisionomias, onde suas características são mescladas, dificultando sua diferenciação, podendo ser Ecótonos (quando as espécies se misturam, ficando as diferenças indiscerníveis) ou Encraves (podem ser diferenciados dependendo do detalhamento da escala, porém apresentam-se como manchas vegetacionais em detrimento as áreas contiguas)

Fonte: Adaptado de IBGE (1992).

A partir da análise dos fatores Bioclimáticos, estabeleceu-se uma classificação da paisagem da UPG Miranda, que demonstrasse os aspectos Climatobotânicos, indicando a tipologia vegetacional associada ao tipo de clima e a precipitação de cada zona da UPG Miranda, assim, obtiveram-se 11 unidades indicativas da vegetação e do clima (Mapa 4).

Mapa 4. Compartimentação Climatobotânica da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda (MS)

Fonte: Elaborado pelos autores.

Quanto a vegetação observa-se que as Áreas de Tensão Ecológica, localizam-se principalmente próximas a drenagem principal (rios Aquidauana e Miranda) além das áreas elevadas na porção oeste da UPG, na Serra da Bodoquena. Assim, encontram-se tanto em áreas Tropicais como Subtropicais, com precipitação superior e inferior a 1.400 mm. De forma semelhante, comporta-se a vegetação de Savana, que destaca-se nas áreas de Planalto de Maracaju e no Chapadão de São Gabriel do Oeste, e na Depressão do Miranda, do Prata e da Bodoquena.

Por outro lado, as vegetações decíduas e semidecíduas, concentram-se na porção oeste. A Floresta Estacional Semidecidual, que apresenta apenas a característica Tropical Subúmida, enquanto a Floresta Decidual, conta com formações subúmidas, tropicais ou subtropicais.

Características Geomorfológicas

O relevo da UPG Miranda caracteriza-se predominantemente pela existência de Formas de Dissecação (Formas Convexas, Aguçadas e Tabulares) e Pedimentos, além de relevos residuais (inselbergs), relevos escalonados e pediplanados nas regiões Planálticas e de Depressão31. Destacam-se altitudes entre 200 e 860m (Mapa 5), com presença majoritária de declividades de 3 a 8% e entre 8 e 20%, podendo-se observar declividades superiores a 75%. Há também Planícies e Terraços Fluviais na região de Pantanal, com altitudes inferiores a 200 metros até 67 metros, com declividades de até 8%32.

Mapa 5. Altimetria da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda (MS)

Fonte: Elaborado pelos autores.

A Compartimentação Geomorfológica da UPG Miranda abrange Planaltos, Patamares Estruturais, Depressões e Planície, numa configuração em que as faixas nordeste-sudeste e leste correspondem as áreas topograficamente mais elevadas, enquanto na poção central ocorrem depressões e no Noroeste, encontra-se situada a planície pantaneira.

Os planaltos e chapadas da faixa noroeste-sudeste da UPG Miranda (Chapadão de São Gabriel do Oeste, Planalto de Campo Grande, Planalto de Dourados, Planalto do Taquari-Itiquira e a Serra de Maracaju) correspondem ao setor da Unidade abrangido pelas rochas terrígenas da Bacia Sedimentar do Paraná (Paleo-Mesozóica). Assim como os patamares estruturais (Planalto Dissecado da Borda Ocidental do Paraná, Primeiro e Segundo Patamares da Bacia Ocidental do Paraná) e a Depressão do Miranda33.

A região do Pantanal, corresponde as áreas de Depósitos da Formação Pantanal, da bacia Sedimentar Quaternária do Pantanal, tratam-se de rochas de idade Pleistocênica. O Pantanal possui características distintas das demais compartimentações geomorfológicas da UPG Miranda, como a presença de terraços fluviais e drenagem com padrão distributário34.

A região da Serra da Bodoquena e suas Depressões Periféricas (Alinhamentos Serranos da Bodoquena, Depressão do Prata e Depressão Setentrional da Bodoquena), correspondem a áreas sobre rochas terrígenas e carbonáticas, metassedimentares da Faixa Paraguai, com idades Pré-Cambrianas ou Pleistocênicas35.

Para o mapeamento dos geossistemas regionais, simplificou-se as classes de Geomorfologia, em quatro diferentes Unidades: Depressões, Patamares Estruturais Dissecados, Planaltos e Chapadas, e Planícies. O Mapa 6, demonstra a compartimentação do relevo e também apresenta a versão simplificada, utilizada no cruzamento matricial com a Compartimentação Climatobotânica, que deu origem ao mapeamento dos Geossistemas Regionais.

Mapa 6. Variáveis Geomorfológicas da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda (MS)

Fonte: Elaborado pelos autores.

Geossistemas Regionais

A partir da aplicação da metodologia foi possível aferir a grande variedade das paisagens da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda-MS, que é bastante diversificada, especialmente devido ao fato desta possuir grande extensão territorial e de situar-se numa região de contrastes entre os Planaltos da Bodoquena e de Maracaju-Campo Grande e com a Planície Pantaneira, além das tipologias climáticas Tropical e Subtropical. Assim, foram mapeadas 27 Geossistemas Regionais (Mapa 7), que serão apresentados a seguir.

Mapa 7. Geossistemas Regionais da Unidade de Planejamento e Gerenciamento (UPG) Miranda (MS)

Fonte: Elaborado pelos autores.

Os Geossistemas Regionais que ocorrem em regiões de Planaltos e Chapadas, apresentam-se em duas unidades básicas: uma correspondente a região da Bodoquena, na porção oeste da UPG, a outra, corresponde ao Planalto de Maracaju-Campo Grande e Chapadões de Mato Grosso do Sul, que estabelecem o divisor de águas entre as Bacias Hidrográficas do Paraguai e do Paraná na porção central do estado.

Na região da Serra da Bodoquena, há Floresta Estacional Decidual Subtropical Subúmida e Tropical Subúmida, com vegetação do bioma Mata Atlântica36. Esta presenta também a unidade Floresta Estacional Semidecidual Tropical Subúmida e a Savana (Cerrado) Subtropical Subúmida, enquanto a Área de Tensão Ecológica presente no Planalto da Bodoquena corresponde à Subtropical Subúmida.

Assim, a região Serra da Bodoquena, apresenta clima Subtropical Subúmido na porção sul, em que nota-se a presença de vegetação florestal decidual e savana (cerrado), clima e Tropical Subúmido na porção norte, com presença de vegetação florestal estacional decidual e semi-decidual, e formações savânicas. Na porção leste da Unidade de Relevo, destaca-se a presença de Áreas de Tensão Ecológica, em clima Subtropical Subúmido.

No setor leste da UPG Miranda, a Savana (Cerrado) Subtropical Úmida e Tropical Úmida correspondem as áreas de vegetação nos Planaltos de Campo Grande, Dourados, Maracaju e Taquari-Itiquira, além do Chapadão de São Gabriel do Oeste, além da presença de Áreas de Tensão Ecológica Subtropical e Tropical Úmida.

Depressões representam a porção centro-oeste da UPG Miranda, correspondem as Depressões da Bacia do Alto Paraguai. Na porção noroeste da UPG, nas proximidades da Serra da Bodoquena, a Depressão Setentrional da Bodoquena apresenta clima Tropical Subúmido e vegetação estacional semidecidual. A porção do território ocupada por Savana (Cerrado) Subtropical Subúmida em Depressões corresponde ao maior geossistema da UPG Miranda, abrangendo áreas nas porções central e oeste da Unidade, desde a Depressão do Prata até os Alinhamentos Serranos da Bodoquena, Depressão do Miranda e Depressão Setentrional da Bodoquena. Na região da Bodoquena, no oeste do rio Miranda, observa-se também Áreas de Tensão Ecológica Subtropical Subúmida.

Ainda nas Depressões, a Savana (Cerrado) Subtropical Úmida está presente na porção centro-leste da Unidade, próximo ao Planalto de Maracaju. Áreas de Tensão Ecológica Subtropical Úmida, ocorrem na porção central da UPG Miranda, abrangendo desde a cidade de Jardim e Guia Lopes, até Aquidauana e Anastácio, em áreas próximas as drenagens do Aquidauana e do Miranda.

Nas áreas deprimidas próximas ao Pantanal, há áreas de Savana (Cerrado) ou Tensão Ecológica Tropical Subúmida.

A Planície corresponde a área da UPG Miranda que abrange o Pantanal. A unidade abrange as sub-regiões dos Pantanais do Miranda (integralmente), Aquidauana, Abobral, Nabileque (parcialmente inseridos) e Paraguai (apenas pequeno trecho próximo à foz do rio Miranda)37. A maior Unidade compreende áreas de Savana (Cerrado) Tropical Subúmido, que abrange quase todo o Pantanal do Miranda-Aquidauana e Paraguai, além de Área de Tensão Ecológica Tropical Subúmida, no extremo noroeste, no Pantanal do Miranda e Abobral.

A presença de Floresta Estacional Semidecidual Tropical Subúmida na planície, ocorre no oeste da UPG, próximo a região da Bodoquena. As demais áreas de Savana (Cerrado) e Tensão Ecológica são todas subtropicais, variando em úmidas e subúmidas (nos médios cursos dos rios Aquidauana e Miranda, quando adentram na planície).

Os Geossistemas caracterizados pelo relevo em Patamares Estruturais Dissecados compreendem unidades da porção centro-leste da UPG Miranda, que representam a estrutura básica do relevo regional, marcado por áreas intermediárias em termos de dissecação, seguidos por áreas elevadas, formando parte do Planalto de Maracaju-Campo Grande.

Corresponde a porção mais dissecada e menos elevada que o Planalto, porém mais declivosa que a Depressão e a Planície. Nessa porção, observam-se áreas de savana e tensão ecológica: a Savana (Cerrado) Tropical Úmida, ocorre bordas dos Planaltos do Taquari-Itiquira, Campo Grande e Dourados, na porção nordeste, enquanto a Savana (Cerrado) Subtropical Úmida, está presente na porção central, nas bordas do Planalto de Maracaju. Áreas de Tensão Ecológica Tropical Úmida, correspondem as áreas na porção nordeste da UPG Miranda, na sub-bacia do Aquidauana, onde corresponde a tipologia climatobotânica mais abrangente do alto curso, enquanto a Tensão Ecológica Subtropical Úmida, aparece em pequenas manchas bordas do Planalto de Maracaju.

O mapa de Geossistemas Regionais demonstra a existência de diferentes zonas de influência do clima, que pode se comportar de forma mais estável durante o ano, com pluviosidades mais elevadas ou mais baixas, influenciando na existência de formações vegetais mais densas ou mais esparsas. Nota-se que a região do Pantanal apresenta como característica uma precipitação baixa, porém sua configuração de área úmida (wetland) é obtida devido ao escoamento fluvial das águas da região do planalto.

Considerações finais

Os resultados obtidos demonstraram a existência de um grande contraste paisagístico existente na UPG Miranda, que em virtude de suas características físico-geográficas, apresentam diferentes capacidades de suporte para as atividades antrópicas, condição esta, que deve ser considerada durante o planejamento territorial da UPG, especialmente frente ao avanço das monoculturas no Planalto de Maracaju-Campo Grande, na Serra da Bodoquena e no Pantanal.

A partir da aplicação da metodologia foram identificados e delimitados 27 geossistemas regionais, demonstrando as diferenças existentes entre os Planaltos da Bodoquena e de Maracaju-Campo Grande. Essas diferenças são indicadas pelos índices pluviométricos e reforçadas pela presença de vegetações Decíduas e Semidecíduas na região da Bodoquena; enquanto a condição Tropical (porção norte) ou, Subtropical (porção sul) marca as diferenças, principalmente entre as Planícies, as Depressões e os Patamares Estruturais Dissecados, com a ocorrência de processos erosivos (depressão e patamares) ou deposicionais (planícies).

A metodologia empregada, do ponto de vista processual mostrou-se adequada, levando a delimitação das unidades geossistêmicas, contudo, do ponto de vista conceitual acredita-se que a inserção do detalhamento das unidades geológicas trará grande contribuição para uma melhor compreensão dos processos ambientais da área de estudo, com destaque para a região do Planalto da Bodoquena, que apresenta relevo cárstico, em diferenciação às unidades do Planalto de Maracaju-Campo Grande, que compõem sistema terrígeno. Este acréscimo deve ser realizado no prosseguimento da pesquisa. Acreditamos que o trabalho possa contribuir com o processo de gestão territorial da UPG-Miranda e no desenvolvimento de políticas públicas que cujo viés de conservação e preservação se faça presente.

Agradecimentos

Agradecemos a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), ao Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGG-UFGD) e a Fundação de Apoio a Ciência, Pesquisa e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), ao Laboratório de Geografia Física (LGF-UFGD) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) pelo apoio concedido na forma de bolsa de estudos.

Referências

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5 Secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (SEMADE), 2015.

6 Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL), 2022.

7 Kuri e Ribeiro, 2020.

8 Silva e Melo, 2020.

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