O sistema brasileiro de gestão e participação da água público: o caso da bacia do rio Paraíba
DOI:
https://doi.org/10.17561/at.16.4921Palavras-chave:
Participação, Bacias, Água, EscassezResumo
Milhões de pessoas sofrem de escassez de água no Brasil, o que pode levar a conflitos pela falta de participação pública adequada dos usuários na tomada de decisões. O Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) tem como principal função aumentar o abastecimento de água nas cidades e áreas rurais. Este trabalho visa analisar a participação do Comitê da Bacia do Rio Paraíba (CBH-PB) e a gestão da bacia com a chegada da transferência, através de um estudo documental, bem como verificar o desempenho das partes interessadas que participam do processo de discussão dentro do Comitê, identificando seus impactos ambientais. Os documentos analisados cobrem um período de tempo entre 2007 e 2016. Concluiu-se que não houve participação efetiva do Comitê no processo de tomada de decisões com relação às obras de transferência de água e saneamento.
Downloads
Referências
Alfaro, N. L. 2014: “Papel de la participación en la gestión integral de cuencas hidrográficas”. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, 36, Volume Especial, 67-80.
Araújo, A. M. B. 2013: “A liberdade política e a participação na sociedade brasileira contemporânea”, en Da Silva, G. T. (org.), Cidade, Poder Local e Políticas Públicas, Edi-tora UFPB, 13-26.
Bakker, K. 2003: Good Governance in Restructuring Water Supply: A Handbook. Toronto (Canadá), Federation of Canadian Municipalities.
Bolson, S. H. Haonat, A. I. 2016: “A governança da água, vulnerabilidade hídrica e os impactos das mudanças climáticas no Brasil”. Veredas do Direito, 13 (25), 223-248. http://dx.doi.org/10.18623/rvd.v13i25.575.
Braga, B. P. F., Flecha, R., Pena, D. S., e Kelman, J. 2008: “Pacto federativo e gestão de águas”. Estudos Avançados, 22 (63), 17-42. https://doi.org/10.1590/S0103-40142008000200003.
Brasil, Ministério da Integração Regional. 2017: Eixo Leste do Projeto São Francisco atinge capacidade plena em volume de água. Disponible en: <http://www.mi.gov.br/web/guest/area-de-imprensa/todas-as-noticias/-/asset_publisher/YEkzzDUSRvZi/content/eixo-leste-do-projeto-sao-francisco-atinge-capacidade-plena-em-volume-de-agua?.> Aceso em: abr. 2017.
Brasil. Ministério da Integração Nacional. 2004: Projeto de integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional. Relatório de Impacto Ambiental-RIMA. Disponible en http://www.integracao.gov.br/saofrancisco/integracao/rima.asp. Aceso em: julho 2011, às 11:30.
Brasil. Agência Nacional de Águas (ANA). 2011: Comitê de Bacia Hidrográfica: o que é e o que faz? Brasília (Brasil), SAG, Cadernos de capacitação em recursos hídricos. v. 1.
Brasil. Ministério do Meio Ambiente. 2005: Manual de Educação para o Consumo sustentável. Brasília (Brasil), Governo Federal.
Brasil. 1997: Lei nº 9.433, de 8 de janeiro. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos. Brasília (Brasil).
Brito, F. B. de. 2008: Conflito pelo uso da água do açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) – PB, Dissertação de Mestrado em Geografia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa (Brasil).
Castro, J. E. 2007: “Water governance in the twentieth-first century". Ambiente & Sociedade, X (2), 97-118. https://doi.org/10.1590/S1414-753X2007000200007
Caubet, C. G. 2000: “Comitês de bacia e participação na gestão dos recursos hídricos: qual é o espaço da sociedade civil?”. Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos, 21 (40), 155-172. https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/15443/14006
Harshadeep, N. R. 2018: “Innovaciones en Planificación y Gestión Sostenible de Cuencas Hidrográficas”. Bulletin, 67 (1). Disponible en https://public.wmo.int/es/resources/bulletin/innovaciones-en-planificación-y-gestión-sostenible-de-cuencas-hidrográficas.
Huang, X.; Jiang, G.; Shan, H.; Lu, J.; Mishra, N.; Fang, X.; Kuang, L.; Qu, X.; Tag, Y.; Xiao, Q.; Yin, H.; Dong. X.; Zhou, J.; Hong, Z.; Tang, L.; Guo, C.; Wu, Y. 2020: “Prolonged presence of SARS-CoV-2 viral RNA in faecal samples”. The Lancet, 5, May. https://doi.org/10.1016/S2468-1253(20)30083-2.
Intituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2016: Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira 2016. Brasília (Brasil), IBGE.
Instituto Nacional do Semiárido. 2014: Esgotamento sanitário: Panorama para o Semiárido Brasileiro. Campina Grande. http://dx.doi.org/10.12702/978-85-64265-21-9. Dis-ponible en http://sigsab.insa.gov.br/static/themes/v1/lib/elfinder/Arquivos/Publicações/Esgotamento%20Sanitário%20-%20Panorama%20para%20o%20semiárido%20brasileiro(2011).pdf, Aceso en Febrero de 2019.
Jacobi, P. R. e Barbi, F. 2007: “Democracia e participação na gestão dos recursos hídricos no Brasil”. Revista Katálysis, 10 (2), 237-244. https://doi.org/10.1590/S1414-49802007000200012.
Jacobi, P. R. e Fracalanza, A. P. 2005: “Comitês de bacias hidrográficas no Brasil: desafios de fortalecimento da gestão compartilhada e participativa”. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 11-12, 41-49. http://dx.doi.org/10.5380/dma.v11i0.7816.
Kemerich, P. D. C.; Ritter, L. G.; Dulac, V. F. 2014: “Gerenciamento de comitês de bacia: desafios e potencialidades”. REMOA. Revista Monografias Ambientais, 13 (5), Edição Especial LPMA/UFSM, 3737-3743. http://dx.doi.org/10.5902/2236130814412.
Loras, A. F. 2010: “Las competencias del Estado y el principio de unidad de gestión de cuenca a través de las Confederaciones Hidrográficas”. Revista de Administración Pública, 183, 309-334. https://recyt.fecyt.es/index.php/RAP/article/view/45384/26902.
Lorenzo, H. C. 2002: “O setor elétrico brasileiro: passado e futuro”. Perspectivas, 24-25, 147-170. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/perspectivas/article/view/406/291.
Mantovani, M. e Barreto, S. R. 2002: A atuação das organizações não-governamentais no SIGRH, seu fortalecimento e a nova postura em face da Lei 9.790/99 – o marco regulatório do Terceiro Setor. São Paulo, IQUAL Editora.
Malheiros, T. F., Prota, M. G. e Perez Rincón, M. A. 2013: “Participação comunitária e implementação dos instrumentos de gestão da água em bacias hidrográficas”. Revista Am-biente & Água, 8 (1), 98-118. https://doi.org/10.4136/ambi-agua.970.
Medina Sanson, L. y Hernández, F. G. 2018. “Apropiación territorial y recursos hídricos en la cuenca de los ríos Grijalva y Usumacinta, México”. Agua y Territorio, 12, 133-144. https://doi.org/10.17561/at.12.3505
Moreno, J. M., Ortiz, M. I. L. & Aracil, P. F. 2019: “Water distribution management in South-East Spain: A guaranteed system in a context of scarce resources". Science of the Total Environment, 648, 1384-1393. https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2018.08.263.
Oliveira, E. C. 2007. Considerações teóricas sobre o processo participativo como modelo de gestão do comitê de bacia hidrográfica no gerenciamento de recursos hídricos: uma abordagem preliminar. XIV SIMPEP. http://www.faculdadesgammon.edu.br/painel/arquivos/24_895___edenis.pdf
Organizaçâo para Cooperaçâo e Desenvolvimento Econômico (OCDE). 2015: Governança dos Recursos Hídricos no Brasil. Disponible em: https://www.pseau.org/outils/ouvrages/ocde_governanca_dos_recursos_hidricos_no_brasil_2015.pdf
Paraíba. 2016: Comitês de bacias hidrográficas. Disponible en: <http://www.cbh.gov.br/DataGrid/GridParaiba.aspx>Aceso em: mai. 2017.
Paraíba. 2006: Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado da Paraíba. Gestão de Águas do Estado da Paraíba, AESA. Brasília (Brasil), Consórcio TC/BR-Concremat.
Paraíba. 1996: Lei n° 6.308, de 2 de julho de 1996. Instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos. Brasília (Brasil).
Pineda Pablos, N., Moreno Váquez, J. L., Salazar Adams, A. y Lutz Ley, A. N. 2014: “Derechos de agua y gestión por cuencas en México. El caso del río Sonora”. Espiral (Guadalajara), 21 (61), 191-225. Recuperado en 16 de abril de 2020, de http://www.scielo.org.mx/pdf/espiral/v21n61/v21n61a7.pdf. https://doi.org/10.32870/eees.v21i61.268.
Pinto-Coelho, R. M. e Havens, K. 2015: Crise nas Águas. Ciência e governança juntos evitando conflitos gerados pela escassez e pela perda da qualidade das águas. Belo Horizonte (Bra-sil), Recóleo.
Romero-Navarrete, L. 2016: “Participación y legislación sobre agua en México. Una aproxima-ción histórica”. Agua y Territorio, 7, 22-34. https://doi.org/10.17561/at.v0i7.2960
Sandoval Minero, R. 2007: “Tracking governance-indicators and measurement for constructing learning water management systems”. International Conference on Adaptive & Integrated Water Management”. CAIWA 2007. Disponible en: <https://www.researchgate.net/profile/Ricardo_Sandoval_Minero/publication/228696581_Tracking_governance-indica-tors_and_measurement_for_constructing_learning_water_management_systems/links/5621372908ae93a5c927dc44.pdf?origin=publication_detail>Aceso em: mai. 2017.
Segundo Neto, F. V. A.; Vianna, P. C. G. 2016: “Análise espacial das obras do projeto de integração do rio São Francisco - PISF (Eixo Leste) no estado da Paraíba”. Geo UERJ, 28, 219-241. https://doi.org/10.12957/geouerj.2016.14536.
Setti, A. A., Lima, J. E. F. W., Chaves, A. G. M. e Pereira, I. C. 2000: Introdução ao gerenciamento de recursos hídricos. 2ª ed, Brasília (Brasil), Agência Nacional de Energia Elétrica, Superintendência de Estudos e Informações Hidrológicas.
Silva, J. I. A. O. 2020a: “A Covid-19 expõe o limite do sistema de saneamento no Brasil: repercussões sociojurídicas”. Disponible en https://politica.estadao.com.br/blogs/gestao-politica-e-sociedade/a-covid-19-expoe-o-limite-do-sistema-de-saneamento-no-brasil-repercussoes-sociojuridicas/.
Silva, J. I. A. O. 2020b: Segurança Hídrica Ecológica: fundamentos para um conceito jurídico, tese de doutorado, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa (Brasil).
Silva, J. I. A. O., Farias, T., e da Cunha, B. P. 2017: “A integração do São Francisco, saneamento, resíduos sólidos e água: algumas linhas de análise sobre o direito às cidades sustentáveis”. Revista de Direito da Cidade, 9 (3), 1085-1119. https://doi.org/10.12957/rdc.2017.28200
Silva, J. I. A. O. 2016: Ressignificação Ambiental e modernização ecológica no Semiárido Brasileiro: o projeto de integração e a revitalização do São Francisco. São Paulo (Brasil), Hucitec.
Silva, D. J. da 2006: “Desafios Sociais da Gestão Integrada de Bacias Hidrográficas: Uma introdução ao conceito de governança da água” Colloque 628 (GREGU-UNIAGUAS): Défi Social de la Gestion de l’eau. 74e Congréss de L’ACFAS Université McGill, Montréal, 15-19 de mayo. https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/133354/DESAFIOS%20SOCIAIS%20DA%20GESTÃO%20INTEGRADA%20DE%20BACIAS%20HIDROGRÁFICAS.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Silva, G. T. da. 2013: “Os conselhos: gestão pública democrática e participação”, en Silva, G. T. da (org.). Cidade, Poder Local e Políticas Públicas. João Pessoa (Brasil), Editora UFPB, 27-56.
Swyngedouw, E. 2004: Social Power and the Urbanization of Water. Flows of Power. Oxford (England), Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/oso/9780198233916.001.0001.
Swyngedouw, E. 2013: “Águas revoltas: a economia políticas dos serviços públicos essenciais”, en Castro, J. E. e Heller, L. Política pública e gestão de serviços de saneamento. Belo Horizonte (Brasil), Editora UFMG, Rio de Janeiro (Brasil), Editora FioCruz.
Vieira, Z. M. C. L e Ribeiro, M. M. R. 2007: “A gestão de Recursos Hídricos no Estado da Paraíba: Aspectos legais e institucionais”, en XVII Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. São Paulo (Brasil). https://abrh.s3.sa-east-1.amazonaws.com/Sumarios/19/2f40765920d7ff480eb81ac66048ac26_5abf7a4cd675667dd9114401c24727e7.pdf
Yeo, D., Yeo, C. & Kaushal, S. 2020: “Enteric involvement of coronaviruses: is faecal–oral transmission of SARS-CoV-2 possible?”. The Lancet, 5, April 2020. https://doi.org/10.1016/S2468-1253(20)30048-0.
Del Moral Ituarte, L y Hernández-Mora Zapata, N. 2016: “Nuevos debates sobre escalas en política de aguas: Estado, cuencas hidrográficas y comunidades autónomas en España”. Ciudad y Territorio Estudios Territoriales, XLVIII (90), 563-583. Recuperado de https://recyt.fecyt.es/index.php/CyTET/article/view/76504/46844.
Publicado
Edição
Seção
Licença
© Universidad de Jaén-Seminario Permanente Agua, territorio y medio ambiente-CSIC.
Os originais publicados nas edições impressa e eletrônica desta Revista são propriedade da Universidade de Jaén e do Seminário Permanente Água, Território e Meio Ambiente (CSIC), assim como das Universidades que publicam monografias específicas na América Latina ou Europa. A origem deve ser citada em qualquer reprodução parcial ou total.
Salvo indicação em contrário, todo o conteúdo da edição eletrônica é distribuído sob uma licença "Creative Commons Attribution Spain" (CC-by). Você pode consultar daqui a versão informativa e o texto legal da licença. Esta circunstância deve ser expressamente declarada desta forma quando necessário.








