Baltasar Dias, «cego da ilha da Madeira»:
notas sobre os autos de devoção (Auto do Nascimento, Auto de Santo Aleixo e Auto de Santa Catarina)
Palabras clave:
literatura de cordel portuguesa; século XVI; Baltasar Dias; teatro popular religioso; cristianismo.Resumen
Nascido na ilha da Madeira por volta de 1515, Baltasar Dias é um autor que a história da literatura e da cultura portuguesa não ignora e até exalta como um dos maiores representantes do teatro português popular e de cordel do século XVI. Mas são quase inexistentes os estudos sobre este poeta e dramaturgo, que não aceitou ser desapossado do que era seu por livreiros sem escrúpulos e obteve de D. João III uma licença para imprimir os seus próprios folhetos. Proponho-me revisitar o que se conhece da vida deste autor e esclarecer alguns aspetos da sua produção teatral. A partir das peças de devoção Auto do Nascimento, Auto de Santo Aleixo e Auto de Santa Catarina, apresento neste artigo alguns subsídios para o estudo quer da estética dramática de Baltasar Dias, quer do lugar que este “homem pobre” ocupa na história literária e cultural.
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Referencias
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