Mapeamento de comunidades ribeirinhas em Tefé – Amazonas –Brasil
DOI:
https://doi.org/10.17561/at.23.7283Palavras-chave:
IGV, Crowdsourcing, OpenStreetMap, TopônimosResumo
Na literatura científica há poucos dados geoespaciais sobre as comunidades ribeirinhas localizadas na Ilha Tarará, no município de Tefé, Estado do Amazonas, Brasil. A precariedade de mapeamento e de atualização de informações sobre estas comunidades as torna invisíveis nos mapas oficiais e geram incertezas sobre seus topônimos. Neste artigo, apresenta-se o mapeamento e os topônimos das referidas comunidades ribeirinhas. Os fundamentos metodológicos foram do Crowdsourcing e da Informação Geográfica Voluntária (IGV). Os procedimentos foram pesquisa, aquisição e análise de dados cartográficos e sobre os topônimos, mapeamento por meio da Plataforma OpenStreetMap e coleta de dados em campo. Os resultados indicam que as comunidades não são mais invisíveis em diversos bancos de dados gratuitos no Brasil e que, apesar das discrepâncias entre os dados dos topônimos em diversos documentos, foi possível validar os nomes das 14 comunidades ribeirinhas localizadas na Ilha.
Downloads
Referências
Bravo, J. V. M. & Sluter, C. R. 2018: “O Mapeamento Colaborativo: seu surgimento, suas características e o funcionamento das plataformas (Collaborative Mapping: its emergence, characteristics and how does it work)”. Revista Brasileira de Geografia Física, 11(5), 1902-1916, 1984-2295. doi: https://doi.org/10.26848/rbgf.v.11(5)1902-1916. [Consulta realizada em 28 de junho de 2022].
Bravo, J. V. M.; Camboim, S. P., Mendonça, A. L. A. & Sluter, C. R. 2015: “A compatibilidade dos metadados disponíveis em sistemas VGI com perfil de metadados empregado na infraestrutura nacional de dados espaciais do Brasil (INDE-BR)”. Boletim de Ciências Geodésicas, 21(3), 465–483. https://doi.org/10.1590/s1982-21702015000300026.
Cardozo, M; Diniz, M. B. & Szlafsztein, C. F. 2022: “Os serviços ecossistêmicos dos recursos hídricos da Bacia Amazônica como Bens Públicos Globais”. Agua y Territorio, 21, 103–119. https://doi.org/10.17561/AT.21.5609.
Fernandes, J. S. N. & Moser, L. 2021: “Traditional communities: socio-historical formation in the Amazon and the (non) place of riverside communities”. Katálysis, 24, 532–541.
Folger, P. 2009: “Geospatial Information and Geographic Information Systems (GIS): Current Issues and Future Challenges”. Congressional Research Service 7-5700.
Gama, A. S. M., Fernandes, T. G., Parente, R. C. P., & Secoli, S. R. 2018: Inquérito de saúde em comunidades ribeirinhas do Amazonas, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 34, e00002817.
Goodchild, M. F. 2007: “Citizens as sensors: the world of volunteered geography”. Geojournal, 69(4), 211–221. https://doi.org/10.1007/s10708-007-9111-y.
Gracie, R., Andrade, A. S., Bigler, C., Douglass-Jaimes, G., Campos, E. M. & Williamson, T. 2021: Painel Unificador Covid-19 nas Favelas metodologia para dar visibilidade a territórios periféricos.
Haklay, M. & Weber, P. 2008: “Openstreetmap: User-generated street maps”. IEEE Pervasive computing, 7(4), 12–18.
Howe, J. 2006: The Rise of Crowdsourcing. https://www.wired.com/2006/06/crowds/. [Consulta realizada em 28 de junho de 2022].
IBGE. 1999: Noções Básicas de Cartografia. Rio de Janeiro.
IBGE. 2010: Censo Demográfico. Available on https://censo2010.ibge.gov.br/resultados.html.
IBGE. 2020: Malha de Setores Censitários. Available on https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/malhas-territoriais/15774-malhas.html?edicao=30138.
IBGE. 2021: Mapa Municipal, Folha Operacional. Available on https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_municipais/colecao_de_mapas_municipais/2020/AM/tefe/1304203_folha_01_MM.pdf.
Junior, E. M. A. 2020: “Cartografia Social nas Narrativas dos Territórios: O Caso das Populações Ribeirinhas na Amazônia Legal”. International Journal of Professional Business Review, 5(2), 153–162.
Knoben, J. & Oerlemans, L. A. G. 2006: “Proximity and inter-organizational collaboration: a literature review”. International Journal of Management Reviews, 8, (2), 71–89. https://doi.org/10.1111/j.1468-2370.2006.00121.x.
Machado, A. A., & Camboim, S. P. 2019: “Mapeamento colaborativo como fonte de dados para o planejamento urbano: desafios e potencialidades”. Urbe, Revista Brasileira de Gestão Urbana, 11, e20180142. https://doi.org/10.1590/2175-3369.011.e20180142
Martins Junior, O. G., Strauch, J. C. M., Santos, C. J. B., Borba, R. L. R., & Souza, J. M. 2016: “Informação geográfica voluntária no processo de reambulação”. Boletim de Ciências Geodésicas, 22(4).13–629. https://doi.org/10.1590/S1982-21702016000400035
Mascarello, M. A., Santos, C. F., & Barbosa, A. L. O. 2018: “Mapas…Por quê? Por Quem? Para Quem?” Revista Movimentos Sociais e Dinâmicas Espaciais, 1(7), 126–141.
Moura E. A. F., Nascimento, A. C. S., Corrêa, D. S. S., Alencar, E. F., & Sousa, I. S. 2015: Sociodemografia da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá. Tefé, A M., Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá; Belém: IDSM; NAEA. http://livroaberto.ufpa.br/jspui/handle/prefix/14. [Consulta realizada em 27 de janeiro de 2022.
Nascimento, A., Heber, F., & Luft, M. C. 2013: “O uso do crowdsourcing como ferramenta de inovação aberta: uma categorização à luz da teoria de redes interorganizacionais”. Revista Gestão Organizacional, 69(2), 85–94.
Ooms, K., Maeyer, P., & Fack, V. 2013: “Listen to the Map User: cognition, memory, and expertise.” The Cartographic Journal, 52(1), 3–19. https://doi.org/10.1179/1743277413y.0000000068.
Panek, J. & Netek, R. 2019: “Collaborative mapping and digital participation: A tool for local empowerment in developing countries”. Information, 10 (8), 255.
Pedersen, J., Kocsis, D., Tripathi, A., Tarrell, A., Weerakoon, A., Tahmasbi, N., … & De Vreede, G. J. 2013: “Conceptual foundations of crowdsourcing: A review of IS research”. In 2013 46th Hawaii international conference on system sciences, 579–588. IEEE.
Poiani, T. H., Rocha, R. S., Degrossi, L. C., & Albuquerque, J. P. 2016: “Potential of collaborative mapping for disaster relief: A case study of OpenStreetMap in the Nepal earthquake 2015”. 49th Hawaii International Conference on System Sciences, 188–197. doi https://doi.org/10.1109/HICSS.2016.31.
Santos, R. M. F. 2020: Identidades, saberes e territorialidades no mundo do trabalho das pescadoras de camarão da ilha do Tarará – Tefé (AM). 133. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas - PPGICH, Universidade do Estado do Amazonas - UEA, Tefé. http://repositorioinstitucional.uea.edu.br/handle/riuea/3300. [Consultarealizadaem 20 de maio de 2021].
See, L., Mooney, P., Foody, G., Bastin, L., Comber, A., Estima, J., Fritz, S., Kerle, N., Jiang, B., & Laakso, M. 2016: “Crowdsourcing, Citizen Science or Volunteered Geographic Information? The Current State of Crowdsourced Geographic Information”. Isprs International Journal Of Geo-Information, 5(5) 55. https://doi.org/10.3390/ijgi5050055.
Sieber, R., & Haklay, M. 2015: “The epistemology(s) of volunteered geographic information: a critique”. Geo: Geography and Environment, 2(2), 122–136. https://doi.org/10.1002/geo2.10.
Silva, M. A., & Valdéz, A. R. 2017: O Uso de Agrotóxicos e a Destinação Final das Embalagens nas Comunidades: Santa Cruz e Santa Maria, Ilha do Tarará, Município de Tefé/AM. 15 f. TCC (Graduação) - Curso de S.I, Centro de Estudos Superiores de Tefé, Universidade do Estado do Amazonas, Tefé.
Touya, G., Antoniou, V., Christophe, S., & Skopeliti, A. 2017: “Production of Topographic Maps with VGI: Quality Management and Automation”. In Foody, G., See, L., Fritz, S., Mooney, P., Olteanu-Raimond, A. M., Fonte, C. C., & Antoniou, V. (Eds.), Mapping and the Citizen Sensor, 61–92. London: Ubiquity Press Lt.
Young, J. C., Lynch, R., Boakye-Achampong, S., Jowaisas, C., Sam, J., Norlander, B. 2021: “Volunteer geographic information in the Global South: barriers to local implementation of mapping projects across Africa”. GeoJournal, 86, 2227–2243. https://doi.org/10.1007/s10708-020-10184-6.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Silvia Elena Ventorini, Ana Luisa Teixeira, Davy Rabelo, Évelyn Márcia Pôssa, Múcio do Amaral Figueiredo, Leonardo Cristian Rocha, Jean Euzebio Lima Oliveira, Rafael Quetz, Paula dos Santos Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
© Universidad de Jaén-Seminario Permanente Agua, territorio y medio ambiente-CSIC.
Os originais publicados nas edições impressa e eletrônica desta Revista são propriedade da Universidade de Jaén e do Seminário Permanente Água, Território e Meio Ambiente (CSIC), assim como das Universidades que publicam monografias específicas na América Latina ou Europa. A origem deve ser citada em qualquer reprodução parcial ou total.
Salvo indicação em contrário, todo o conteúdo da edição eletrônica é distribuído sob uma licença "Creative Commons Attribution Spain" (CC-by). Você pode consultar daqui a versão informativa e o texto legal da licença. Esta circunstância deve ser expressamente declarada desta forma quando necessário.