Arte pública: que sentido na educação?

Autores

  • Mónica Oliveira Escola Superior de Educação Paula Frassinetti, Centro de Estudos em Desenvolvimento Humano da Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da UP

DOI:

https://doi.org/10.17561/rtc.19.5517

Palavras-chave:

Arte pública, Educação, Professores, Recurso educativo, Competências educativas

Resumo

É inegável o crescente interesse, nas últimas décadas, pela arte pública que merece e deve ser motivo da nossa atenção. Os alunos deixaram de ser protagonistas passivos da vida social e, por consequência, da arte que surge na sua cidade. Neste contexto, a arte pública é chamada a exercer o seu papel, abrindo e preenchendo a dimensão ontológica do ser humano, constituindo um fator de integração social e de comunicação intercultural. Quer isto dizer que a arte pública não visa unicamente objetivos estéticos, mas também objetivos culturais, políticos e sociais que dão forma a um novo cenário educativo que vai acompanhar toda a vida do cidadão e que tem de ser revelado, considerado e desenvolvido na escola. Esta investigação discute a importância da arte pública como conteúdo pedagógico na Educação e teve como objetivo analisar as perceções dos professores relativamente ao conhecimento e à pertinência pedagógica da arte pública na educação básica. A abordagem qualitativa foi a opção metodológica, tendo a coleta de dado sido efetuada mediante entrevista individual aos professores. Os resultados indicam que os professores reconhecem na arte pública um interesse educativo que possibilita aos alunos o desenvolvimento de competências que concorrem para o seu desenvolvimento pessoal, social e cultural.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Mónica Oliveira, Escola Superior de Educação Paula Frassinetti, Centro de Estudos em Desenvolvimento Humano da Universidade Católica Portuguesa, Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade da UP

    Pós doutorada em Didática das Expressões artísticas pela FBAUP. Doutora em Artes Plásticas pela FBAUS, 2000. Professora Coordenadora na Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti, desde 1996. Investigadora integrada do Centro de Estudos em Desenvolvimento Humano da Universidade Católica do Porto. Investigadora colaboradora do Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade – Núcleo de Educação Artística da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Colaboradora em Projetos na área da Educação e Formação com a Câmara Municipal do Porto na formação de técnicos e na dinamização de oficinas didáticas do Departamento de Arquivos e Museus e no Departamento das Bibliotecas. Autora de várias publicações na área da Educação Artística, Ilustração e Artes Plásticas. Como artista plástica participou em várias exposições coletivas e individuais no país e no estrangeiro. Destacam-se os dois últimos prémios nacionais de escultura que ganhou em 2012 e um prémio internacional em 2019. Foi membro das Comissões de Especialistas na área Científica de Formação de Professores Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de 2004 a 2006. Foi membro da Comissão de Peritos, para a Avaliação Externa de Cursos do Ensino Superior Politécnico na área da Educação do Conselho de Avaliação, de 2002 a 2004. Foi membro da Comissão de Acreditação e Certificação do Instituto Nacional de Acreditação da Formação de Professores – Ministério da Educação (INAFOP) de 2000 a 2002.

Referências

Aguillera, F. (2004). Arte, ciudadania y Espacio Público. On the w@terfronts. The online magazine on waterfronts, Public space, Public art and Urban Regeneration, 5, 36-51. Recuperado de: https://raco.cat/index.php/Waterfront/article/view/214757/285049

Aguirre, I. (2012). Hacia una nueva narrativa sobre os usos del arte en la escuela infantil. Revista Instrumento, 14 ,2, 161-173.

Recuperado de: https://periodicos.ufjf.br/index.php/revistainstrumento/article/view/18765

Aguirre, I. (2008). Las Artes en la trama de la cultura. Fundamentos para renovar la Educación artística. LAV - Revista Digital do Laboratório de Artes Visuais, (1), 1-19. Recuperado de: https://periodicos.ufsm.br/revislav/issue/view/134/showToc

Aguirre, I. (2011). Cultura Visual, Política da Estética e Educação Emancipadora. In R. Martins e I. Tourinho. (Org.) Educação da cultura visual: conceitos e contextos. (pp.69-111). Santa Maria: Editora UFSM.

Bardin, L. (2014). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Bishop, C. (2012). Antagonismo e Estética Relacional. Revista Tatuí, (12), 109-132. Brasil: Universidade Federal de Pernambuco.

Bogdan, R.; Biklen, S. (2013). Investigação Qualitativa em Educação. Uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora.

Bourdieu, P.; Haacke, H. (1994). Libre-échange. Paris: Seuil.

Bourriaud, N. (2002). Relational Aesthetics. Dijon: Les Presses Du Reel.

Brandão (2011). O sentido da cidade. Ensaios sobre o mito da imagem como arquitectura. Lisboa: Livros horizonte.

Calvário, F. (2009). Arte Pública como acontecimento urbano – Centro e Periferia. On the w@terfronts. The online magazine on waterfronts, Public space, Public art and Urban Regeneration. 12, 67-79. Recuperado de: https://www.raco.cat/index.php/Waterfront/article/view/218893

Castellano, C. & Raposo, P. (2019). Pode a arte mudar a sociedade? In C. Castellano & P. Raposo (Org.), Textos para uma história da Arte Socialmente comprometida (pp.7-24). Lisboa: Documenta.

Dewey, J. (1934). El arte como experiencia. México: FCE.

Green, M. (2005). Liberar la imaginación. Ensayos sobre educación, arte y cambio social. Barcelona: Graó.

Hernández, F. (2012). A cultura visual como estratégia que possibilita aprender a partir de estabelecer relaciones. Instrumento, 14, 2, 196-207. Recuperado de:

https://periodicos.ufjf.br/index.php/revistainstrumento/article/view/18768

Lacy, S. (2019). Território em disputa: para uma linguagem crítica da arte publica In. Carlos Castellano & Paulo Raposo, Textos para uma história da Arte Socialmente comprometida (pp. 27-42). Lisboa: Documenta.

Martins, G. (2017). Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Lisboa: Ministério da Educação.

Martins, R. & Tourinho, I. (2014). Pedagogias Culturais. Universidade Federal de Santa Maria: Edufsm. https://doi.org/10.32379/9786557160169

Moreira, J. (2006). Educação para o Património Cultural. O Exemplo de Machico. Machico: Câmara Municipal de Machico.

Remesar, A. (2000). Repensar el paisage desde el rio. In J., Maderuelo (Ed.), Arte público: Arte y Naturaleza: actas del V curso (pp. 45-55). Huesca: Diputación de Huesca.

Remesar, A. (2016). Arte Público. Retos Y Oportunidades (II) In A. Remesar On the w@terfronts. The online magazine on waterfronts, Public space, Public art and Urban Regeneration, 41, 2. Recuperado de: https://raco.cat/index.php/Waterfront/article/view/305906/395816

Regatão, J. (2007). Arte Pública. Lisboa: Books on Demand.

Regatão, J. (2003). A Arte pública e os novos desafios das intervenções no espaço urbano. Lisboa: Centro Português de Design.

Reis, R. (2007). Arte Pública como recurso educativo. Dissertação de Mestrado publicada, Faculdade de Belas Artes, Universidade de Lisboa.

Remessar, A.; Brandão, P. (2004). Design Urbano Lisboa. Lisboa: Edições 70.

Remessar, A. (2000). O Espaço Público e a interdisciplinaridade. Lisboa: Centro Português de Design.

Ricart, N.; Remesar, A. (2010). Arte Público 2010. Ar@cne- Revista electronica de Recursos en internet sobre geografia y ciências sociales, 132. Recuperado de: http://www.ub.edu/geocrit/aracne/aracne-132.htm

Selwood, S. (1996). The Benefits of Public Art. London: Policy Studies Institute.

Siqueira, J. (2012). Criatividade Aplicada: habilidade e técnicas essenciais para a criatividade, inovação e solução de problemas. Rio de janeiro: Clube de autores.

Vigotski, L. (1998). Psicologia da Arte. São Paulo: Martins Fontes.

Publicado

2021-03-23

Como Citar

Oliveira, M. (2021) “Arte pública: que sentido na educação?”, Tercio Creciente, (19), p. 111–124. doi:10.17561/rtc.19.5517.